Em uma pequena cidade, a cena causava espanto e admiração ao mesmo tempo, talvez porque o protagonista da história fosse um senhor bem idoso. Ele costumava passar o dia inteiro plantando árvores.
Certo dia, algumas pessoas que passavam por ali pararam, admiradas, observando aquele ancião a plantar mudas ao longo da rua. Lisonjeado com o interesse, o velho parou seu trabalho e explicou:
- Meus filhos andam sempre insistindo comigo para mandar fazer uma sepultura.
- Mas eu tenho uma idéia melhor.
- Obtive licença para plantar árvores nas ruas ainda não arborizadas, e é assim que estou gastando o dinheiro que poderia ser empregado num mausoléu.
- Já estou com 80 anos, e nunca vi ninguém procurar a sombra de uma sepultura para descansar, nem é num cemitério que a criançada vai brincar.
- Daqui a 20 anos, meu nome estará completamente esquecido. Mas meus netos e outras tantas crianças estarão aqui para admirar e usufruir destas árvores.
- Ademais, quem passar por estas calçadas, nos dias de calor, há de achar agradável a sombra delas.
Impressionante a lucidez daquele homem que já vivera quase um século. A sua capacidade de discernimento era maior que a dos filhos que, certamente, não queriam se incomodar com a construção de um túmulo para o velho pai, quando este fechasse os olhos para o mundo dos chamados vivos.
Utilizando-se dos próprios recursos, financeiros e de forças físicas, tratou de produzir coisas úteis, ao invés de construir o próprio túmulo e esperar a morte chegar.
Por certo deixara aos mortos, como o recomendara Jesus, o cuidado de enterrar seus mortos. Deixara para os filhos que estavam mortos para os verdadeiros valores da vida, o cuidado de enterrar aquele que pensavam estivesse morto, mas que em realidade estava mais do que vivo.
O personagem dessa história, certamente já foi enterrado há muito tempo, considerando-se que o fato ocorreu há mais de 40 anos. Mas pelo seu exemplo, talvez, neste momento, haja crianças brincando entre as árvores plantadas por aquele homem anos atrás.
Refletindo nessa história, entenderemos por que é que quem faz o bem pensando nos outros, acaba beneficiando-se a si mesmo. E quem faz o mal, igualmente recebe o mal como resposta.
Esse é o efeito bumerangue, ou lei de causa e efeito, ou, ainda, o "a cada um segundo suas obras", ensinado por Jesus.
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Nota: Quem planta flores, planta beleza e perfumes para alguns dias. Quem planta árvores, planta sombra e frutos por anos, talvez séculos. Mas quem planta idéias verdadeiras, planta para a eternidade.
Esse é o efeito bumerangue, ou lei de causa e efeito, ou, ainda, o "a cada um segundo suas obras", ensinado por Jesus.
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Nota: Quem planta flores, planta beleza e perfumes para alguns dias. Quem planta árvores, planta sombra e frutos por anos, talvez séculos. Mas quem planta idéias verdadeiras, planta para a eternidade.
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