quarta-feira, outubro 13, 2010

Em ritmo de espera

Desde o dia 5 de agosto 33 mineiros (32 chilenos e um boliviano) estavam presos numa mina no Chile. Os trabalhadores ficaram soterrados a quase 700 metros de profundidade, há 69 dias. Depois de muito planejamento e preparativos, a operação de retirada dos mineiros começou a se concretizar nesta terça-feira, 12 de outubro. A atenção do mundo está voltada para a região do Deserto do Atacama para acompanhar o resgate. A imprensa internacional está no local para cobrir a retirada dos mineiros. Cerca de 2 mil pessoas acamparam ao redor da mina, entre parentes das vítimas, jornalistas, técnicos e voluntários que trabalham no resgate. Os 33 mineiros estão sendo içados para a superfície em uma cápsula de 4 metros de altura, numa subida que dura cerca de 15 minutos.

Aproveitando o feriado por casa, acompanhei pela televisão e internet, os noticiários sobre a operação resgate dos mineiros da mina San Jose. Havia muita expectativa no ar. Ela estava presente no olhar dos familiares e nos esforços das equipes de resgate. A partir deste fato, comecei a pensar que, como cristãos, vivemos em ritmo de espera pelo retorno de Jesus. Uma das mais conhecidas parábolas de Jesus aborda o assunto da espera pela volta de Cristo. É a parábola das dez virgens (Mt. 25:1-13). “Então, o reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo”, diz o primeiro verso. Todos os que esperam o retorno de Jesus Cristo podem ser comparados às dez virgens que aguardavam a chegada do noivo. Cristo nos aconselha a permanecermos em vigilância, “porque não sabemos o dia nem a hora” (v. 13). Estar em vigilância significa estar atento aos acontecimentos no “Mundo de Hoje”, compreendendo-os à luz da Bíblia. Aliás, Cristo providenciou características explícitas de Sua vinda, a fim de que estejamos despertos.

Os mineiros (e seus familiares) enfrentaram desânimo e muita aflição; por vezes, imagino, estiveram desconfiados em relação ao futuro. Conosco não é diferente, com frequência temos desapontamentos. É justamente em tempos como esses, que nosso relacionamento com Cristo deve ser renovado. Podemos fortalecer nossa fé no fato de que em breve O veremos voltando nas nuvens do Céu. A Bíblia descreve a volta de Jesus como o evento mais glorioso que poderá ser visto pelo ser humano (veja Mateus 24:30). Este dia ainda não chegou, mas falta pouco. Somo informados de que “na parábola, todas as dez virgens saíram ao encontro do esposo”. Todos ouviram a mensagem da proximidade da volta de Cristo e confiantemente O esperaram. Como na parábola, porém, também é agora. Há um tempo de espera; a fé é provada; e quando se ouvir o clamor: ‘Aí vem o Esposo! Saí-Lhe ao encontro!’, muitos não estarão preparados. Saiba, pois, que o preparo para a volta de Jesus não pode ser comprado no último instante. Devemos ter um relacionamento pessoal com o Salvador, hoje.

Os familiares dos mineiros haviam se preparado e aguardavam ansiosos pelo reencontro com seus queridos. O clima de expectativa (e suspense) era muito grande. A qualquer momento eles seriam retirados daquela mina. Mas, lamentavelmente, em poucos dias esta será apenas mais uma história. Mineiros continuarão trabalhando em condições insalubres e ninguém mais lembrará deles até que um novo fato destas proporções choque novamente o planeta. Quando lemos as profecias bíblicas, é difícil chegar a qualquer conclusão diferente de que estamos no limite do fim. Portanto, nossa expectativa pela volta de Jesus deve motivar nosso preparo diário. Para o cristão, a segunda vinda de Cristo é algo para se antegozar, porque nosso conhecimento desse evento tem efetivo poder transformador em nossa vida, na maneira de nos conduzirmos no trabalho, nos diversos relacionamentos, em família, e até em nossos momentos de solidão.

Analogicamente falando, eu diria que “estamos soterrados” dentro de um buraco neste mundo. Sim, soterrados por tantas coisas ruins que vemos acontecer ao nosso redor diariamente. Temos de ansiar pelo regresso de Jesus, o qual porá fim a tudo isso. Tal experiência significará um tipo de existência completamente nova, que nenhum de nós conheceu antes. Será um retorno ao Éden há muito tempo perdido. Será um tempo e lugar em que “a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apoc. 21:4). As “primeiras coisas” e a condição de espera já não existirão. Será a eternidade com Jesus. Portanto, continuemos ‘em ritmo espera’ só um pouco mais, muito em breve nosso Salvador nos resgatará (Hebreus 10: 37). Esteja preparado!

sexta-feira, outubro 01, 2010

Uma data significativa

Foi no dia 1º de outubro de 1988, que juntamente com minha família, meus pais e meus dois irmãos, que eu demonstrava através do batismo meu amor a Jesus – o meu Salvador. Era uma linda tarde de primavera, acontecia um congresso da Igreja Adventista do Sétimo Dia na cidade de Iraí, RS, e o orador era o Pr. Jonas Pinho. Dentro do rio Iraí estava toda família, um a um sendo batizados; às margens, centenas de pessoas assistiam aquela linda cena que ao recordar fico emocionado.

Portanto, 22 anos se passaram desde o dia que aceitei a Jesus. Lembro-me que o pregador na época falava com muita motivação sobre a breve volta de Jesus... Naquela época eu imaginava que nem iria me tornar adulto, concluir os estudos e/ou cursar faculdade. Casar, constituir família, também não fazia parte dos planos da época. Porém, mais de 20 anos se passaram e Jesus ainda não voltou. Quase tudo que eu não imagina realizar acabou por acontecer na minha vida. Mas o interessante é que, embora Jesus ainda não tenha voltado, eu não estou desanimado, não me sinto iludido, muito pelo contrário, os sinais que evidenciam a volta de Cristo me motivam a buscá-lo mais e mais a cada dia.

Essa é uma data muito significativa pra mim, afinal, a cada dia que passa, ao perceber a situação do “Mundo de Hoje”, minha esperança em Jesus se renova. Sim, se renova porque acredito que ‘só Jesus’ pode nos dar um futuro melhor. Aliás, este é o plano de Deus para os Seus filhos, conforme Jeremias 29:11: “Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (NVI). Quem não precisa de ‘esperança’ para viver neste mundo e ter tranquilidade quanto ao futuro?


Há outro motivo que faz esta data ser importante para mim. No dia primeiro de outubro de 1860 – 150 anos atrás – a igreja a qual sou membro escolheu o nome “Adventista do Sétimo Dia”. Uma denominação com cerca de 17 milhões de membros, está presente em mais de 200 países. Cada nível da organização e instituição que representa a Igreja Adventista do Sétimo Dia dá testemunho à comunidade do sublime amor de Cristo. Por 150 anos o Senhor tem abençoado a sua Igreja. Por esse motivo estou muito feliz e orgulhoso de ser um Adventista do Sétimo Dia.

Os sinais da volta de Cristo, presentes na Bíblia, são uma descrição fiel do que acontece em nossos dias. Ocorrerão ainda muitas outras coisas à medida que o tempo acabar e nos aproximarmos do fim. Portanto, ao compartilhar contigo da importância desta data, quero também convidá-lo para que juntos possamos abreviar a volta de Jesus. Como faremos isso? Falando aos nossos amigos para tenham uma experiência com Deus. Em mais de 20 anos de fé cristã muitas experiências vivi; algumas desafiadoras, outras tantas maravilhosas. Em todos os casos pude ver a mão de Deus conduzindo-me com segurança. Concluo citando um pensamento que gosto muito: “Nada temos a temer quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado”. Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros, pág. 31.