domingo, outubro 15, 2017

Parabéns, Professor!

Hoje é o dia do professor, uma das figuras mais importantes na vida dos seres humanos. Hoje é um dia para homenagens e reflexões. Recordo-me de alguns mestres que me educaram, desde as séries iniciais até o ensino superior; cada um com seu jeito peculiar de ser e ensinar me ajudou na aquisição de conhecimentos. Lamento não ter a oportunidade de reencontrar alguns e poder agradecê-los, afinal, há muito tempo não os vejo, tampouco tenho contato.

Ser um educador nos dias atuais é uma tarefa desafiadora. Se não bastassem os desafios do processo da alfabetização devido às dificuldades apresentadas pelas crianças dessa geração tecnológica, há tantos outros fatores desestimulantes para tal profissão. Sim, a desvalorização profissional, a falta das mínimas condições para se ministrar aulas, as cobranças da sociedade imediatista e as ameaças e/ou agressões sofridas por professores são alguns dos motivos que geram o mal-estar docente. Os que superam tais obstáculos e mantém erguida a bandeira da educação, merecem nosso respeito e admiração. Muitos educadores, lamentavelmente, não têm conseguido se manter na função, apesar da paixão por educar. Lutam para que a educação tenha respostas, mas não tendo o apoio dos governantes, veem o Brasil alcançar os últimos lugares no ranking da educação mundial. Que país é este?!

Muito tenho refletivo sobre este assunto: EDUCAÇÃO. Quisera eu poder mudar radicalmente a triste realidade (e desigualdade) que enfrentamos, no entanto, não há uma forma mágica, é preciso continuar lutando, enfrentando reveses, fazendo a diferença. A boa notícia é que não estamos sozinhos, embora pareça. O melhor professor do Universo, Jesus Cristo, está ao nosso lado para nos confortar e capacitar para que persistamos neste caminho. A Bíblia destaca a importância da educação em vários textos. Cito apenas um, o de Provérbios 22:6, o qual diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Se nunca é tarde para aprender, jamais poderemos deixar de ensinar.

Dirijo-me agora aos meus colegas professores da Educação Adventista, em especial aos educadores da Escola Adventista de Alvorada. Querido(a) professor(a), você é muito importante para a nossa escola, pois tens feito a diferença na vida de diversas crianças. Seja sua função a de ensinar de forma lúdica, de alfabetizar ou de ajudá-los na compreensão dos diversos ensinamentos referentes à disciplina em que atua. Seja o teu ato de educar através do exemplo ou por palavras, inclusive quando precisa chamar a atenção para algo que tem de ser mudado; saiba que por suas mãos passam os líderes e grandes profissionais do amanhã, quem sabe futuros professores...

Você é muito mais que um professor, és amigo, conselheiro, por vezes pai/mãe de muitas crianças. Com o teu comprometimento, Educador(a) Adventista, conseguiremos cumprir a nossa Missão de “promover, através da educação cristã, o desenvolvimento integral do educando, formando cidadãos autônomos, comprometidos com o bem-estar da comunidade, da pátria e com Deus”.

Obrigado por sua dedicação! A despeito dos desafios que todos enfrentamos, continue acreditando que é justamente através da educação que poderemos mudar o cenário atual. Conte sempre com o Mestre Jesus, espelhe-se nEle e seja você também o melhor professor(a) que os teus alunos possam ter. Afinal, ser professor(a) é transformar vidas. Não esqueça: o melhor PROFESSOR não é aquele que prepara para o vestibular, mas para a vida ETERNA!

Feliz Dia do Professor!

Com carinho,
Ronaldo dos Santos

Diretor – EAA

sábado, julho 16, 2016

O sangue verdadeiro dos Pokémons de Nice

Duas cenas. Tragicamente antagônicas. Uma brinca, a outra mata. Enquanto de um lado da rua celulares se tornam diversão, do outro lado corpos se espalham pelo asfalto. Milhões de downloads em minutos, mais de 80 mortos em segundos. Dois mundos – um real e o outro virtual – escancarando de jeitos opostos a carência humana por algo mais.
Confesso que fui profundamente surpreendido por estas duas informações que se misturaram vorazmente em meu panteão de ideias. Presenciando tamanho contraste, não posso ficar impassível. Vivemos em um mundo que clama aterrorizado pela intervenção divina do “basta”, enquanto se distrai perigosamente na ameaçadora zona de conforto do “ainda não”.
Há poucos dias, o mundo presencia mais uma disruptura da tecnologia e entretenimento: munidos de celulares nas mãos, seres humanos estão saindo às ruas para buscar de maneira real personagens imaginários que só aparecem nas telas digitais. É o Pokémon-GO, uma verdadeira febre que já ultrapassou o alcance acelerado das maiores redes sociais, como Facebook e Snapchat. Por onde foi lançado, dizem que é diversão garantida para quem quer mergulhar na realidade aumentada interagindo “ao vivo” coisas virtuais com cenários reais através de dispositivos mobile. Mas, também, é perigo à vista: em poucas horas do lançamento desta brincadeira pandêmica, já houve casos de carros batidos em árvores e postes pela distração irresponsável de motoristas “à procura de pokémons de mentira” enquanto dirigiam de verdade. No Brasil, o game ainda não chegou, mas chegará em breve, e certamente arrebatará zilhões de jogadores que também andarão a esmo buscando bichinhos virtuais em experiências reais.
Há poucas horas, nosso planeta também assiste atônito a outro surpreendente acontecimento – só que desta vez sem nenhuma graça, sorriso ou curtição. Pelo contrário, o dejeto intolerante da crueldade humana dessa vez se aproveitou dos lindos fogos de artifício para espalhar o terror ceifando vidas inocentes. Na charmosa cidade francesa de Nice, durante o espetáculo familiar da celebração da Queda da Bastilha, um caminhão acelerou implacável contra uma multidão desatenta que só percebeu a tragédia quando ela já acontecia. Por mais de dois quilômetros da belíssima orla da Cote D’azur, no Mar Mediterrâneo, o pânico se instalou misturando o desespero de quem fugia desnorteado com o sangue dos corpos atropelados sem misericórdia. Até agora, entre adultos e crianças, famílias e inocentes, foram 84 mortos e pelo menos 202 feridos em outra ação covarde do terrorismo que nos assombra.
Ouça o comentário sobre o assunto:
Sabe quando você é golpeado constantemente no mesmo lugar até que o golpe não parece mais tão golpe assim? Este é o incômodo que me arrancou da cama agora de madrugada. Aeroportos explodem, chacinas acontecem em boates e casas de espetáculo, drones matam civis, malucos invadem escolas, extremistas degolam turistas, e tudo isso aconteceu em menos tempo que a metade do intervalo entre duas olimpíadas!
A blasfêmia do mal destroçando vidas e sonhos tem se repetido de maneira tão hipnotizadora que, se não cuidar, amortecemos a realidade grotesca deste mundo como se fosse um cenário irreal. Feito sangue digital, nas telas do nosso cotidiano, o desconforto da alma periga em criar uma anestesia com a constante e torturante crueldade flertando conosco a cada notícia que mais parece sair do palco de um conto sombrio do que das ruas cotidianas por onde nosso coração bate.
O problema não é quando personagens virtuais parecem de verdade, mas quando a maldade real parece de mentira. Uma coisa é a brincadeira de procurar seres que não existem, outra é a seriedade de se perder perante a desgraça que existe. “Vejam que ninguém os enganem” (Mateus 24:4), a Palavra de Deus nos alerta impacientemente do perigo moderno de relativizar o que é absoluto, ou virtualizar o que é emergencialmente real: este mundo está sob a ira devastadora do mal e exala seu derradeiro fôlego de sobrevida às portas do final dos tempos.
Urgente realidade
Será que, de verdade mesmo, estamos sendo norteados por esta impressiva e urgente realidade? “Nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais” (Mateus 24:21). O que Cristo previu está convulsionando perante nossos próprios olhos, e o maior perigo? Continuarmos jogando Pokémon como que gamificando a clara evidência de que o mal é real, a morte é real, o pecado é real e, sobretudo, o Grande Conflito entre a luz e as trevas é real. “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra” (Apocalipse 12:9), você entende a gravidade disso? Cada repugnante ato da maldade humana se move feito peças de um tabuleiro maligno cuja estratégia de guerra contra Deus visa destruir a paz, o amor e eclipsar a promessa.
Meu coração chora impaciente com os familiares desconsolados das inúmeras histórias atropeladas por agentes do mal. O terrorismo é covarde, cruel e vil. Toda e qualquer ação extremista, agredindo e matando inocentes na tentativa de lavar sua própria alma culpada, é mais do que miserável – é diabólica. E nem acima do Céu, muito menos abaixo dele, existe qualquer prerrogativa universal de que a faxina do pecado ou a higienização dos pecadores deva ser feita com desrespeito, intolerância e ódio. É por isso que acredito na graça com as forças da minha existência, e sou consolado pelas demonstrações imensuráveis do amor deste Deus que “amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Creio neste Deus do Céu, absorto em tanto amor dentro de Si mesmo, que, ao invés de matar infiéis para se defender, morre para resgatar os que não prestam.
Só nos resta uma única e inalienável atitude: não nos acomodar com o que incomoda o próprio Dono do Universo. “Vivemos no tempo do fim. Os sinais dos tempos que se cumprem rapidamente declaram que a vinda de Cristo está próxima, às portas” (Ellen White, Testemunhos para a Igreja – 9, pg. 11). Esse importante alerta é mais que um efeito de realidade aumentada – é a própria realização da promessa de que Deus, muito em breve, fará novas todas as coisas, e isso inclui um “novo céu e uma nova terra” (Apocalipse 21:1).

É para lá que a gente vai.

Por Odailson Fonseca

terça-feira, dezembro 29, 2015

Augusto Cury: “Nunca tivemos uma geração tão triste”

Augusto Cury, o famoso psiquiatra que tem livros publicados em mais de 70 países e dá palestras para multidões no Brasil e lá fora, lançou recentemente uma versão para crianças e adolescentes do seu best-seller Ansiedade - Como Enfrentar o Mal do Século. O autor fala sobre os desafios de se criar os filhos hoje e não poupa críticas à maneira como a família e a escola têm educado os pequenos. Confira!

Excesso de estímulos
"Estamos assistindo ao assassinato coletivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no mundo todo. Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso de TV. Eles estão perdendo as habilidades sócio-emocionais mais importantes: se colocar no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. Eles necessitam  gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. Aprender a não agir pela reação, no esquema 'bateu, levou', e a desenvolver altruísmo e generosidade."
Geração triste
"Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem aumentado. A família precisa se lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contato com a natureza, se encantar com astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais."
Dor compartilhada
"É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências. Por exemplo, diante de uma perda ou dificuldade, é necessário que tenham uma assimilação profunda do que houve e aprender com aquilo. Como ajudá-las nesse processo? Os pais precisam falar de suas lágrimas, suas dificuldades, seus fracassos. Em vez disso, pai e mãe deixam os filhos no tablet, no smartphone, e os colocam em escolas de tempo integral. Pais que só dão produtos para os seus filhos, mas são incapazes de transmitir sua história, transformam seres humanos em consumidores. É preciso sentar e conversar: 'Filho, eu também fracassei, também passei por dores, também fui rejeitado. Houve momentos em que chorei'. Quando os pais cruzam seu mundo com os dos filhos, formam-se arquivos saudáveis poderosos em sua mente, que eu chamo de janelas light: memórias capazes de levar crianças e adolescentes a trabalhar dores perdas e frustrações."

Intimidade
"Pais que não cruzam seu mundo com o dos filhos e só atuam como manuais de regras estão aptos a lidar com máquinas. É preciso criar uma intimidade real com os pequenos, uma empatia verdadeira. A família não pode só criticar comportamentos, apontar falhas. A emoção deve ser transmitida na relação. Os pais devem ser os melhores brinquedos dos seus filhos. A nutrição emocional é importante mesmo que não se tenha tempo, o tempo precisa ser qualitativo. Quinze minutos na semana podem valer por um ano. Pais têm que ser mestres da vida dos filhos. As escolas também precisam mudar. São muito cartesianas, ensinam raciocínio e pensamento lógico, mas se esquecem das habilidades sócio-emocionais."

Mais brincadeira, menos informação
"Criança tem que ter infância. Precisa brincar, e não ficar com uma agenda pré-estabelecida o tempo todo, com aulas variadas. É importante que criem brincadeiras, desenvolvendo a criatividade. Hoje, uma criança de sete anos tem mais informação do que um imperador romano. São informações desacompanhadas de conhecimento. Os pais podem e devem impor limites ao tempo que os filhos passam em frente às telas. Sugiro duas horas por dia. Se você não colocar limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos: vão deixar de refletir, se interiorizar, brincar e contemplar o belo."
Parabéns!
"Em vez de apontar falhas, os pais devem promover os acertos. Todos os dias, filhos e alunos têm pequenos acertos e atitudes inteligentes. Pais que só criticam e educadores que só constrangem provocam timidez, insegurança, dificuldade em empreender. Os educadores precisam ser carismáticos, promover os seus educandos. Assim, o filho e o aluno vão ter o prazer de receber o elogio. Isso não tem ocorrido. O ser humano tem apontado comportamentos errados e não promovido características saudáveis."
Conselho final para os pais
"Vejo pais que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir não, não sabem trabalhar as perdas. São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida. Para atuar como verdadeiros mestres, pai e mãe precisam estar equilibrados emocionalmente. Devem desligar o celular no fim de semana e ser pais. Muitos são viciados em smartphones, não conseguem se desconectar. Como vão ensinar os seus filhos e fazer pausas e contemplar a vida? Se os adultos têm o que eu chamo de síndrome do pensamento acelerado, que é viver sem conseguir aquietar e mente, como vão ajudar seus filhos a diminuírem a ansiedade?"

Escrito por Liliane Prata

sexta-feira, dezembro 25, 2015

"Seu Reino Não Terá Fim"

Em Belém, o ser humano que melhor entendeu quem Deus era e o que ele estava fazendo, foi uma moça adolescente num estábulo fedorento. Enquanto Maria olhava na face do bebê, ela viu seu filho, seu Senhor e Sua majestade. Ela não conseguia tirar seus olhos dele! De alguma forma Maria sabia que estava segurando Deus. Então é Ele, ela pensou. Ela lembrou das palavras do anjo: “Seu reino jamais terá fim.”


Ele parece qualquer coisa menos um rei. Seu choro, embora forte e saudável, ainda era o choro penetrante, porém indefeso de um bebê. Majestade no meio do comum. Santidade na sujeira de estrume de ovelhas e suor. Divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, pelo ventre de uma adolescente e na presença de um carpinteiro. Deus chegou perto! E Lucas 1:33 diz “Seu reino nunca terá fim!” - Max Lucado

Desejo a você um Natal muito especial com a plena presença de Jesus, o verdadeiro "Deus conosco"!

quinta-feira, dezembro 24, 2015

"Sem Lugar"

Algumas das palavras mais tristes na terra são: “Não temos lugar para você.” Jesus conheceu o som daquelas palavras. Ele ainda estava no ventre de Maria quando o hospedeiro disse “Não temos lugar para você.” E quando ele foi pendurado na cruz, a mensagem não foi da total rejeição? “Não temos lugar para você neste mundo.”


Até hoje Jesus recebe o mesmo tratamento. Ele vai de coração em coração, perguntando se pode entrar. De vez em quando ele é aceito. Alguém abre a porta do seu coração e o convida a ficar. E para esta pessoa Jesus dá esta grande promessa, “Na casa do meu Pai há muitas moradas.” Que promessa deleitosa ele faz para nós! Nós damos espaço para ele em nossos corações… e ele dá lugar para nós em sua casa!

Max Lucado

Feliz Natal pra você e sua família. Que Cristo habite o seu lar a cada dia de 2016!